Representantes de organismos internacionais reconhecem o Brasil como um dos países mais avançados aos padrões IFRS


Representantes de organismos internacionais reconhecem o Brasil como um dos países mais avançados aos padrões IFRS

Organismos internacionais trazem perspectivas da profissão

Na visão dos organismos internacionais de contabilidade, a implantação das normas internacionais, o investimento em atualização de conhecimentos e a independência do profissional contábil são fundamentais para o desenvolvimento da profissão em todo o mundo. O assunto foi tema de um painel coordenado pelo presidente do CFC, José Martonio Coelho.

“Nós temos aqui uma oportunidade única de reunir as maiores representações da contabilidade no mundo, e isso é motivo de orgulho”, disse Martonio. Ele adiantou que o Brasil está engajado na implantação das IFRS. Desde 2010, as empresas privadas brasileiras já seguem as normas internacionais.

Para Hans Hoogervorst, presidente do Iasb, o profissional que atua na área precisa promover a transparência e a confiança, com a correta prestação de contas. “Nossa missão é promover a transparência, entregando normas de qualidade, que permitem a comparação de empresas em diferentes lugares do mundo. Isso ajuda os investidores a tomar decisões corretas”, explicou.

O presidente do Glenif, Felipe Pérez Cervantes, destacou a atuação do Brasil no grupo criado há cinco anos para auxiliar na implantação e o aprimoramento das normas contábeis. “O Brasil está entre os três países mais avançados na implantação das normas internacionais e há um grande esforço de profissionais brasileiros no aperfeiçoamento dessas normas”, afirmou, lembrando os membros brasileiros, como o vice-presidente do Glenif no Brasil, Eduardo Pocetti, e o presidente fundador, que hoje contribui como assessor na organização, Juarez Domingues Carneiro.

A participação brasileira na padronização das normas contábeis também foi destaque na fala do presidente da AIC, Antonio C. Gomez Espiñera. Para ele, a adequação às normas internacionais é fundamental para todos os países da América. “O Brasil é um dos principais países e um dos mais avançados com participação intensa no aperfeiçoamento das normas”, ressaltou.

Um exemplo de país que ainda não exige a educação continuada para os profissionais de contabilidade é Portugal, que, segundo a representante da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC), Lúcia Lima Rodrigues, teve a profissão regulamentada recentemente, em 1995, e ainda precisa evoluir bastante nesse sentido. “Se comparado ao Brasil, estamos atrasados. Já avançamos em questões como o controle da qualidade das informações contábeis, mas ainda precisamos evoluir com nosso setor público”, destacou.

Lúcia representou, no painel, o presidente da OCC, António Domingues de Azevedo, que morreu neste domingo (11).

A contribuição dos contadores brasileiros para o aperfeiçoamento das normas internacionais também foi enfatizada na fala da presidente da Ifac, Olivia Kirtley. Segundo ela, 75% dos voluntários sul-americanos são brasileiros. “Sabemos que normas de alta qualidade tem a ver com o desenvolvimento da nossa profissão, então a construção delas é muito importante e, por isso, temos hoje uma rede robusta que ajuda, com ética e educação, na formulação dessas diretrizes”. A presidente da organização que representa mais de 130 países, enalteceu a participação e o compromisso de instituições brasileiras, como o CFC, no estabelecimento das normas internacionais. “Parabenizo o compromisso do Brasil com as normas internacionais. O país tem sido um ótimo exemplo de colaboração na adoção dessas normas, processo liderado nos setores públicos e privados pelo CFC. Sabemos que o sucesso na adequação depende muito desse envolvimento”, disse.

 

Fonte: Por Márcia Prado - Comunicação CRCD, do Conselho Federal de Contabilidade

 

Tags:

contabilidadepadrões , convergência , normas , IFRS