Juros de longo prazo disparam antes de decisão do Copom; dólar avança


Juros de longo prazo disparam antes de decisão do Copom; dólar avança

As taxas de juros de longo prazo disparam na BM&F nesta quarta-feira, refletindo a aversão a risco no exterior e a desconfiança de investidores com a capacidade do Banco Central (BC) de garantir juros menores no futuro, dadas as perspectivas para a política monetária diante dos problemas fiscais do país.

Já as taxas curtas recuam, dando sequência mas em menor intensidade, ao movimento de ontem, quando o mercado correu para ajustar posições repercutindo a sinalização do presidente do BC, Alexandre Tombini, de que o Copom deverá elevar a Selic nesta quarta-feira em no máximo 0,25 ponto percentual.

A alta das taxas de juros longas no Brasil é muito mais acentuada e, em alguns casos, vai na contramão do que se verifica em outros países emergentes. Isso indica que boa parte da deterioração da percepção de risco doméstica decorre de questões locais.

Ao redor das 10 horas, o DI janeiro de 2021 subia a 16,910% ao ano, ante 16,651% no último ajuste. O DI janeiro de 2018 ia a 16,510%, frente a 16,311% no ajuste da véspera.

Na ponta mais curta, o DI janeiro de 2017 - que captura as apostas para o patamar da Selic no fim de 2016 - caía a 15,350%, em relação a 15,391% no ajuste anterior.

No mercado de câmbio, o dólar comercial estava a R$ 4,0890, com alta de 0,86%. Na máxima, bateu R$ 4,0995.

Fonte: Valor Econômico

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